22/09/2010

Centro Histórico do Porto - Património da Humanidade




O nosso país tem belíssimos monumentos, cidades maravilhosas e paisagens sublimes que merecem ser visitadas e admiradas, mas como nem sempre é possível viajar, pelo menos podemos apreciar em fotografia, alguns desses locais espectaculares e que foram considerados pela "Unesco" como “Património da Humanidade”.

Património português classificado pela UNESCO como Património da Humanidade:

Hoje vou apresentar: o Centro histórico do Porto, classificado como “Património da Humanidade” em 1996.




O Centro Histórico situa-se entre as colinas da Sé e a da Vitória, e os vales do Rio da Vila e o das Virtudes. Corresponde ao tecido urbano marcado pelas origens medievais da cidade e caracteriza-se por um grande conjunto de ruas típicas às quais se juntam edifícios do Renascimento e do Barroco e mais recentemente a construção de praças.




A envolver a área classificada foi ainda definida uma área de protecção que inclui:
A Avenida dos Aliados, em que muitos dos seus edifícios são em granito e coroados de lanternins, cúpulas e coruchéus e quarteirões envolventes até às Praças da Trindade, de D. João I, D. Filipa de Lencastre, Gomes Teixeira e Carlos Alberto, o Jardim do Carregal , construído em 1897, pelo jardineiro paisagista Jerónimo Monteiro da Costa.




O Hospital de Santo António; a zona da Alfândega Nova e o vale das Virtudes; as encostas das Fontainhas e dos Guindais; uma faixa a nascente da antiga linha da muralha medieval nas imediações da Praça da Batalha...




e toda a zona ribeirinha de Vila Nova de Gaia, onde se encontram as caves de Vinho do Porto.




De entre os monumentos integrados na área classificada como Património Cultural da Humanidade, encontram-se:

A Igreja dos Clérigos é um edifício barroco projectado pelo arquitecto Nasoni. A história da Igreja dos Clérigos, remonta à Irmandade dos Clérigos, que se havia instituído no Porto. A Irmandade resultou da fusão de três instituições de beneficência criadas na cidade durante o século XVII, com a finalidade de socorrer clérigos em dificuldades. Eram elas a Confraria dos Clérigos Pobres de Nossa Senhora da Misericórdia, fundada em 1630; a Irmandade de S. Filipe de Nery, fundada em 1665; e por último, a Confraria dos Clérigos de S. Pedro. A primeira pedra da igreja é lançada no dia 23 de Junho de 1732, justamente na presença do arquitecto Nicolau Nasoni, tocando todos os sinos dos diferentes templos da cidade ao mesmo tempo para comemorar esse facto. A 28 de Julho de 1748, mesmo sem que o edifício estivesse totalmente terminado, a igreja seria aberta ao culto. Só dois anos depois é que a fachada principal estaria pronta. A escadaria que antecede a igreja foi principiada em 1750 e as suas obras demorariam cerca de 4 anos.




A Torre Clérigos um dos ex libris da cidade, faz parte da igreja com o mesmo nome, construída entre 1754 e 1763, a partir de um projecto de Nicolau Nasoni. Foi mandada erigir por D. Jerónimo de Távora Noronha Leme e Sernache, a pedido da Irmandade dos Clérigos Pobres. Foi iniciada em 1754, tendo em conta o aproveito do terreno que sobrara para a instalação da enfermaria dos Clérigos. A torre é decorada segundo o gosto barroco, com esculturas de santos, fogaréus, cornijas bem acentuadas e balaustradas. Tem seis andares e 75 metros de altura, que se sobem por uma escada em espiral com 225 degraus.




Muralhas Fernandinas é o nome pela qual ficou conhecida a cintura medieval de muralhas do Porto, da qual somente pequenas partes sobreviveram até aos nossos dias. Em meados desse século, ainda no tempo de D. Afonso IV, começou a ser construída uma nova cintura de muralhas que ficou praticamente concluída por volta de 1370.




O facto da obra só ter sido concluída no reinado de D. Fernando, explica o facto dela ser correntemente designada por "Muralha Fernandina". Passada a sua importância militar, as muralhas começaram a ser progressivamente demolidas a partir da segunda metade do século XVIII para dar lugar a novos arruamentos, praças e edifícios. A maioria da muralha foi demolida já em finais do século XIX.


A Catedral (Sé) da cidade do Porto, situada no coração do centro histórico, é um dos seus principais e mais antigos monumentos. Construída no séc. XII, em estilo românico, foi sofrendo alterações ao longo do tempo, especialmente no período gótico e no séc. XVIII. As maiores obras de transformação, foram efectuadas no período de 1717 a 1736. O seu interior está inteiramente forrado a talha dourada, uma dádiva da época barroca, responsável também pelo coroamento das torres, uma das característica mais conhecidas deste edifício.


Sé Catedral do Porto


O Palácio da Bolsa, ou Palácio da Associação Comercial do Porto, iniciou-se em 1842, em virtude do encerramento da Casa da Bolsa do Comércio, o que obrigou temporariamente os comerciantes portuenses a discutirem os seus negócios na Rua dos Ingleses, em pleno ar livre. O seu projecto é da autoria do arquitecto Joaquim da Costa Lima. Com uma mistura de estilos arquitectónicos o edifício apresenta em todo o seu esplendor, traços do neoclássico oitocentista, arquitectura toscana, assim como o neopaladiano inglês.




O Monumento a D. Pedro IV situa-se na Praça da Liberdade, É uma estátua equestre da autoria do escultor Célestin Anatole Calmels. A primeira pedra foi posta em 9 de Julho de 1862. Foi inaugurado em 19 de Outubro de 1866. Tem 10 metros de altura e cinco toneladas de bronze. A estátua de bronze apresenta D. Pedro IV vestido com a farda de caçadores 5 e sobre ela uma placa (espécie de sobrecasaca) que era o seu traje habitual; na mão direita segura a Carta Constitucional de 1826 e na esquerda as rédeas do cavalo.




Estação de São Bento é um edifício construído no início do século XX, no local onde existia o Convento de São Bento de Avé-Maria, edificado no período manuelino. O projecto da estação é da autoria do arquitecto Marques da Silva. O amplo vestíbulo da gare foi totalmente revestido com excelentes painéis de azulejo do pintor Jorge Colaço, colocados em 1916. Ilustram a história dos transportes, aspectos etnográficos e acontecimentos célebres da história portuguesa.






Capela das Almas
A Capela da Almas ou Capela de Santa Catarina situa-se na freguesia de Santo Ildefonso. Tem a sua origem numa antiga capela feita em madeira erguida em louvor de Santa Catarina. A construção do edifício que hoje existe remonta aos finais do século XVIII. O revestimento da capela é constituído por 15.947 azulejos, da autoria de Eduardo Leite. Datam de 1929 e representam os passos da vida de São Francisco de Assis e de Santa Catarina, que são venerados na capela.




Igreja de Santo Ildefonso
Está localizada na Praça da Batalha. A igreja foi reconstruída a partir de 1730 e ficou concluída em 1739, sendo dedicada a Santo Ildefonso de Toledo. Na fachada por cima do entablamento ergue-se o nicho do padroeiro. Guarnecem as paredes azulejos de Jorge Colaço (1932), com cenas da vida de Santo Ildefonso e alegorias da Eucaristia.




A Igreja do Carmo ou Igreja da Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo
Está localizada no cruzamento entre a Praça de Carlos Alberto e a Rua do Carmo. De estilo barroco/rococó, foi construída na segunda metade do século XVIII, entre 1756 e 1768, pela Ordem Terceira do Carmo, sendo o projecto do arquitecto José Figueiredo Seixas. No corpo superior da sua frontaria, coruchéus e esculturas das figuras dos quatro Evangelistas, revelando influências do estilo “barroco Italiano” criado por Nicolau Nasoni. Esta igreja está geminada com a Igreja dos Carmelitas, do lado oeste, encontrando-se entre elas a "Casa Escondida", considerada pelos guias locais como a "Casa mais estreita da cidade do Porto", e uma das mais estreitas do país.




Igreja da Trindade
Fica por trás do edifício da Câmara Municipal do Porto, na Praça da Trindade. Foi construída durante todo o século XIX, segundo projecto do arquitecto Carlos Amarante (que lá se encontra sepultado).




A Praça da Ribeira é um largo histórico, localizado numa das zonas mais antigas e típicas da cidade do Porto. Considerada uma das mais antigas praças da cidade, a Praça e o Cais da Ribeira já eram mencionados em cartas régias de 1389. A Praça tem origem num antigo mercado medieval. Foi transformada no século XVIII, por iniciativa de João de Almada e Melo e com o apoio do cônsul inglês John Whitehead. Em 1821, foi demolido o pano da muralha fernandina que limitava a praça a Sul. Na década de 1980 foram feitas intervenções arqueológicas no local pondo a descoberto, no centro da praça, um chafariz do século XVII. A 24 de Junho de 2000 foi inaugurada, no nicho da Fonte da Praça da Ribeira, uma estátua de São João Baptista, da autoria do escultor João Cutileiro. A Praça da Ribeira é um lugar de visita indispensável a quem passa pela cidade, dispondo de muitos espaços de animação nocturna.




A Ponte Luís I é uma ponte construída com estrutura metálica, entre os anos 1880 e 1887, ligando as cidades do Porto e Vila Nova de Gaia (margem norte e sul respectivamente) separadas pelo rio Douro, em Portugal. Esta construção veio substituir a antiga ponte pênsil que existia no mesmo local, e, foi realizada mediante o projecto do Engenheiro belga Teófilo Seyrig, também autor da Ponte Dona Maria. A ponte foi inaugurada em 1887.




O Teatro Nacional São João localiza-se na Praça da Batalha, no centro histórico. O edifício primitivo foi construído no fim do século XVIII, por iniciativa de Francisco de Almada e Mendonça e segundo risco do arquitecto italiano Vicente Mazoneschi. Ardeu em 1908, sendo reconstruído três anos mais tarde. O novo teatro foi projectado pelo arquitecto Marques da Silva, introduzindo alguns aspectos inovadores na arquitectura portuense. Pela primeira vez, foi usado o cimento na sua cor natural, no revestimento exterior.




O Centro Histórico do Porto encerra uma riqueza monumental e paisagística incrível.





Fontes : http://pt.wikipedia.org/; http://www.igespar.pt/; http://www.portoturismo.pt/;http://olhares.aeiou.pt/; www.bestguide.pt ; Várias net

Fotos : Pessoais


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20/09/2010

Divagando pelas ruas da Grécia

Hoje vamos passear um pouquinho pelas bonitas Ruas da Grécia, ruas que nos transmitem paz e serenidade, sentimentos esses tão importantes para aliviar um pouco o nosso stress do dia-a-dia, deixando assim o nosso espírito divagar por alguns momentos.


"Quando abro a cada manhã a janela do meu quarto
É como se abrisse o mesmo livro
Numa página nova..."

Mário Quintana


"Quando uma porta da felicidade se fecha, outra se abre, mas costumamos ficar olhando tanto tempo para a que se fechou que não vemos a que se abriu."

Helen Keller


"Quando os ventos de mudança sopram, umas pessoas levantam barreiras, outras constroem moinhos de vento."

Érico Veríssimo


"Fiz a escalada da montanha da vida removendo pedras e plantando flores."

Cora Coralina


"As religiões são caminhos diferentes convergindo para o mesmo ponto. Que importância faz se seguimos por caminhos diferentes, desde que alcancemos o mesmo objetivo?"

Mahatma Gandhi


"A paz vem de dentro de você mesmo. Não a procure à sua volta."

Buda



"Os nossos caminhos são inumeráveis, mas incertas são as nossas estadias."

Saint-Jonh Perse


"O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada, Caminhando e semeando, no fim terás o que colher."

Cora Coralina
 

"O que você deixa para trás não é o que é gravado em monumentos de pedra, mas o que é tecido nas vidas de outros." (Péricles)
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16/09/2010

Jardins Japoneses

Um convite à Contemplação, Paz e Espiritualidade
Para a cultura japonesa, o paisagismo é uma das mais elevadas formas de arte, pois consegue expressar a essência da natureza em um limitado espaço, utilizando plantas, pedras e outros objectos, de forma harmoniosa com a paisagem local.




Monocromáticos e assimétricos, geralmente os jardins são organizados com contrastes como liso e áspero, horizontal e vertical, esbelto e volumoso, ou seja, estimulando a mente a encontrar seu próprio caminho à perfeição.


Foto: 1zoom.net


A Arte do paisagismo no Japão é antiga e provavelmente originou-se da China e da Coreia muito antes do século VI. 


Foto: 1ms.net


Nascidos nos templos budistas, os jardins japoneses ocultam em detalhe um duplo sentido. Nada está ali por acaso. Tudo tem a sua razão de ser, voltada quase sempre para a elevação do espírito.


Foto: http://www.wallcoo.net


Com seu universo de sensações, cores e texturas, os jardins japoneses foram concebidos, como um instrumento para se atingir a correcta percepção da realidade. 

Foto: hqwallbase.com

Foto: Net (desconheço autoria)

Uma ponte (Taiko Bashi ) ou um caminho dentro de um jardim, representa uma evolução para um nível superior em termos de amadurecimento, engrandecimento e auto-conhecimento, enquanto a flexibilidade do bambu, conduz a capacidade de adaptação e mudança.


Foto: 1ms.net


Ao contrário dos jardins ocidentais que são feitos para caminhar, os japoneses são feitos para serem admirados, contemplados.


Foto: Net (desconheço autoria)

A água é um elemento fundamental. Além de representar e conferir a vida, a água espelha a imagem e induz o homem a enxergar a si mesmo.


Foto: 1zoom.net

Os jardins japoneses criam paisagens que se assemelham à natureza com a colocação cuidadosa das árvores, dos arbustos, das rochas, da areia, de montes artificiais, de lagoas e de água.


Foto: 1zoom.net


Efeitos estéticos repletos de significados, num lugar onde reinam a paz e a harmonia, integrando o homem no universo através das formas da natureza.



Foto: http://www.wallcoo.net


Os Jardins do Paraíso são uma das muitas variedades de jardins japoneses, com lindos pavilhões e lagos cheios de flores de lótus.


Foto: 1zoom.net


A Flor de  lotus é bonita, vistosa, cheirosa. Encanta. É considerada sagrada por toda a Ásia.  É símbolo da renovação, da evolução espiritual.


Foto: Net

O típico jardim do paraíso possui uma ilha no meio de um lago para representar a salvação futura e uma ponte arqueada conectando a ilha com o resto do jardim para representar o caminho que se deve percorrer para alcançar essa salvação.

Foto: www.freewalppaper.net


Os jardins de passeio com lago do Japão possuem um lago ornamental como parte central e um caminho que meandra a periferia do jardim. O caminho pode-se ramificar em muitos lugares para dar acesso aos locais de contemplação. Esses caminhos alternativos podem levar a uma paisagem verdejante ou à beira do lago e as suas existências permitem que você tenha algum controle sobre a sua experiência.


Foto: 1zoom.net


As pedras têm grande importância nos jardins japoneses. Os formatos mais comuns são os arredondados, sugerindo a acção de desgaste pelo tempo.


 Foto: www.hdwallpapers.in

Foto: 1ms.net


As pedras das cascatas: o centro do jardim. A pedra colocada na posição vertical representa a figura do pai, e a da horizontal, a mãe, dela brotando a água. As outras pedras, simbolizando os descendentes, são distribuídas em torno do lago e entremeadas pela vegetação.


Foto: Net


Dispostas de forma casual, formando caminhos sinuosos de pedras ou cascalho, permitem que percorramos o jardim, desfrutando de sua beleza e descobrindo novos ângulos a cada passo, alongando a caminhada, possibilitando mais tempo à contemplação.


Foto: wikipedia_snty-tact (Talk)


O zen e as tradições xintoístas influenciaram extremamente o japonês que jardina. Muitos dos mais famosos jardins japoneses do Ocidente, e também no próprio Japão, são os jardins Zen.Os jardins zens ou jardins de pedra fazem um total contraste à profusão de verde dos jardins naturais e à abundância de água dos jardins de passeio com lago. 


 Foto: 1ms.net


Os jardins de pedra possuem pouca vegetação, com pinheiros negros que servem como fundo. A ondulação do mar é feita com uma grande extensão de areia ou finos pedregulhos rastelados. O mar é rastelado nas beiradas para imitar o padrão das ondas na faixa de areia. Para acrescentar a aparência de um mar vasto, os jardins zens ou jardins de pedra possuem "faixas de areia" de pedras e seixos, assim como "ilhas" de vegetação. os bancos são colocados em pontos particulares para a contemplação e o descanso.


Foto: Net


Plenos de mensagens, os jardins japoneses expressam a eterna busca da perenidade, convidam à reflexão e estimulam a espiritualidade. Um elemento fundamental no jardim japonês, é o lago e as carpas: água é vida, daí a importâcia do lago. Nele, vivem as carpas, símbolo de fertilidade e prosperidade. 


Foto: 1zoom.net


As lanternas de pedra, chamadas tooro, são usadas como símbolo de tradição cultural e como elemento decorativo. Elas induzem à concentração, ajudando a clarear a mente, adicionando o místico, a tradição e a espiritualidade. A colocação deve obedecer à disposição triangular, formando os pontos chin (mestre), soe (terra) e tal (céu), representando a trindade.


 Foto: http://hqwallbase.com

São locais onde reina a harmonia e quem entra nesta atmosfera tem a nítida impressão de estar num templo de meditação.


Foto: Net

A espiritualidade está por toda parte e os seus elementos indispensáveis que representam a vida, proporcionam sensações de paz e tranquilidade.

Fontes: http://www.jardineiro.net/; http://casa.hsw.uol.com.br/; http://www.casaecia.arq.br/; http://www.paisagismobrasil.com.br/; http://www.japanesegarden.com/; hqwallbase.com; 1zoom.net; 1ms.net; http://www.thejapanesegarden.com/; http://www.wallcoo.net; outros


Foto: hqwallbase.com

Nestes jardins o clima místico, de serenidade, harmonia e profundidade de espírito contagia a alma de quem o visita.

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